“Foi como agitador do povo e subversor das instituições que se imolou Jesus.
E, cada vez que há necessidade de sacrificar um amigo do direito, um advogado da verdade, um protetor dos indefesos, um apóstolo de idéias generosas, um confessor da lei, um educador do povo, é essa, a ordem pública, o pretexto que renasce, para exculpar as transações dos juízes tíbios com os interesses do poder.
Todos esses acreditam, como Pôncio Pilatos, salvar-se, lavando as mãos do sangue, que vão derramar, do atentado, que vão cometer.
Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer que te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos!
O bom ladrão salvou-se.
Mas não há salvação para o juiz covarde.” Ruy Barbosa
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