terça-feira, 27 de abril de 2010

Ato heroico ou Autotutela desajeitada

Jovem pula nu do 1º andar para impedir furto de moto


Um jovem de 24 anos que estava prestes a entrar no banho pulou nu da janela do primeiro andar de uma casa, ontem à noite, em Santos (SP), para impedir que a moto de seu irmão fosse roubada. O empresário e bacharel em Direito Silvino José Hummel Júnior quebrou os dois tornozelos e sofreu uma luxação no pulso direito, mas impediu o furto. Os dois ladrões fugiram.

A cena típica de super-herói ocorreu por volta das 20h no bairro do Marapé. Hummel é de Rio Claro, no interior de São Paulo, e estava na casa da namorada, a auxiliar de enfermagem Melissa Ribeiro Marques, de 34 anos. Ela mora na parte de cima de um imóvel na Avenida Pinheiro Machado, onde no térreo, funciona uma loja de materiais elétricos. De acordo com Melissa, Hummel ia entrar no banho quando ouviu um barulho estranho.

"Ele foi para a janela e viu os caras, daí gritou pega, ladrão, pega ladrão. Um deles subiu na moto, mas não conseguiu dar partida. Daí ele se jogou da janela e os caras fugiram em uma outra moto", disse Melissa, afirmando que a janela fica a cerca de oito metros de altura.

Avaliada em torno de R$ 13 mil, a moto em questão, uma Honda 300, é nova e foi comprada uma semana antes pelo irmão de Hummel. "Ele foi para Rio Claro no domingo, mas como era meu aniversário, quis chegar mais rápido, deixou o carro lá e pediu a moto emprestada para o irmão", contou Melissa, que desde então se divide entre cuidar do namorado no hospital e atender a imprensa.

Assim que observou que seu namorado estava consciente, Melissa disse que jogou uma bermuda pela janela para ele e desceu para ajudá-lo. "Já tinha gente lá embaixo falando para ele não se mexer. Chamamos o resgate e ele foi para o Pronto Socorro, de lá seguiu para a Santa Casa e depois foi transferido aqui para Rio Claro". Com as pernas engessadas, Hummel aguarda a realização de uma cirurgia na mão e não sabe quanto tempo vai demorar para ficar bom.

Segundo Melissa, apesar do ato heroico e da satisfação de não ter a moto roubada, o empresário se arrepende de ter pulado. "Ele é muito ativo e agora está machucado. Ele fica falando que a vida dele vale mais que uma moto". (Com informações do Estadão). (finte: espaço vital - 26.4.10).

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